Admin On domingo, 7 de março de 2010 1 Comment

Gênero: Aventura
Ano: 1993
Fabricante: Interplay


Durante o ano de 1993, a Interplay lançou dois jogos da franquia Clay, com personagens baseados em massa de modelar. Um deles foi ClayFighter (SNES), game de luta com participantes bem caricatos e feitos a mão utilizando massinha de modelar. Ele chegou a receber continuações, terminando em ClayFighter 63 ⅓ para o Nintendo 64. Mas, assim como disse no início, ainda existe outro título dessa franquia. Apesar de não ser tão conhecido como seu “irmão” lutador, Claymates trata-se de um divertido jogo de plataforma, com mecânicas diferentes devido à premissa da massa de modelar. Reviva as memórias dessa história ou conheça ela agora no artigo a seguir.

O jogo é protagonizado por um garoto, Clayton. Seu pai é um cientista famoso, que inventou uma fórmula capaz de transformar massa de modelar em animais. O bruxo-xamã-bombado Jobo entendeu que aquela fórmula era a chance para se tornar superpoderoso e dominar o mundo, então resolveu roubá-la. Com a recusa do cientista em entregar a fórmula, o xamã usa sua magia para transformar Clayton em uma bola de massa e vai embora tanto com a fórmula quanto com o cientista.

E assim Clayton se encontra no jardim de sua casa transformado em uma bola de massa azul. Ele quer resgatar seu pai para poder voltar ao normal e, por isso, vai atrás do xamã. Após uma pequena volta no mundo do jardim, você vai encontrar a primeira fase do jogo. Agora sim vai começar a mágica da massa de modelar.
É hora de morfar!

A jogabilidade se desenvolve normalmente como outros jogos do mesmo estilo, com você coletando gemas e diamantes brilhantes, desviando de obstáculos como espinhos e inimigos para chegar ao final da fase antes do tempo acabar. Mas seria muito sem graça se você controlasse apenas uma bola de massinha. O jogador pode encontrar, durante os níveis, pequenos traços da fórmula do pai de Clayton, no formato de um ícone colorido. Ao encostar nele, Clayton se transforma em um dentre cinco diferentes animais, cada um com habilidades variadas.

Mas tome cuidado, pois se sofrer um golpe de algum inimigo você voltará a ser a bola de massinha, e no caso de um novo golpe agora será fatal. O primeiro ícone que você vai encontrar é o do rato, de cor cinza. Como rato, você corre bastante e consegue entrar em buracos muito pequenos, e assim pode explorar a fase por caminhos diferentes.

Um pouco mais adiante na mesma fase, você pode encontrar um power-up vermelho e se transformar dessa vez em um gato. Este animal desfere golpes mais fortes que o rato, consegue pular mais alto e até mesmo escalar árvores. Caso acumule dois power-ups de transformação, um deles vai ficar girando a sua volta e te prevenirá do primeiro golpe que sofrer, agindo como uma espécie de escudo. Enquanto isso não acontecer, o power-up que gira ao seu redor será arremessado para frente cada vez que desferir um golpe, ajudando-lhe a derrotar os inimigos com mais facilidade ou à distância.

Além desses dois, também é possível se transformar em outros animais. Pegue o ícone roxo e se transforme em um peixe que pode explorar tranquilamente as partes aquáticas das fases e lutar debaixo da água. Ou então se transforme em um pássaro ao encontrar o verde, e resolva seus problemas ao tomar um pequeno impulso para voar por cima dos obstáculos de cada fase. E por último, o marrom lhe transforma em uma toupeira, que pode arremessar nozes nos inimigos ou então cavar túneis e explorar diferentes caminhos nas fases. No total são cinco transformações. Mas, ao final de cada fase, você acaba perdendo sua forma atual e volta a ser a bolinha de massa azul.

E apesar de parecer sem graça fechar os níveis como uma bolinha azul de massa de modelar, só ela é capaz de se projetar nas fases bônus. Bata em placas até o cenário inteiro ficar da mesma cor ou então se perca numa tela no melhor estilo Sonic Spinball, com diversos rebatedores a sua volta enquanto tenta coletar gemas e vidas.

Apesar da aventura de Clayton começar em seu jardim, prepare-se para rodar bastante. De lá você parte para a região do Oceano Pacífico, Japão, África e, até mesmo, para o espaço sideral. A jogabilidade de cada uma das regiões é dividida entre um mundo superior e as fases dentro dos mundos. No caso, você vai explorar livremente esses mundos, até encontrar uma limitação. Daí é o momento de entrar na fase relacionada à área em que você está.

Após o final de cada fase, você normalmente recebe um item para resolver a limitação do mundo superior e continuar a explorá-lo. Por exemplo, você começa no jardim da casa de Clayton. Para sair de lá, vai precisar cortar uma árvore, e no final da fase você ativa um robô que pode equipar itens espalhados pelo gramado. Você precisa resolver pequenos quebra-cabeças no mundo superior empurrando objetos para que o robô possa pegar o item no mapa e utilizá-lo no local correto. Isso começa bem simples, mas pode complicar a partir de certo ponto.

Infelizmente, Claymates não recebeu a mesma atenção de ClayFighter, mesmo sendo criado pela mesma equipe. Os gráficos são bonitos para um jogo de SNES, porém se você comparar a qualidade das animações dos lutadores feitos com massinha e stop-motion (técnica de filmagem) do jogo de luta com as de Claymates, ficará com a impressão de que poderiam ter feito o mesmo com as inúmeras formas de Clayton.

O jogo possui diversos efeitos sonoros (mais de 127 conforme a descrição da caixa do game), mas poucas opções de músicas, ao ponto de serem repetidas em diversos estágios. A partir da segunda ou terceira fase, você não vai aguentar mais ouvir a mesma coisa durante um bom tempo, já que elas têm uma duração máxima por volta de dez minutos.

Outro dos defeitos do jogo é não contar com um sistema de passwords para salvar seu progresso. Fica cansativo ter de refazer todos os estágios caso desligue o SNES antes de finalizar o jogo. Mas parece que o pessoal da Interplay fez isso para compensar o fato de que o game não é muito longo. Cada mundo tem entre três a cinco fases dentro deles, fechando um número total abaixo de 25. Para efeito de comparação, Super Mario World tem 72 fases.

Mesmo assim, isso não estraga a chance de você querer jogá-lo novamente. As fases possuem atalhos, é possível pular da primeira fase do primeiro mundo para a primeira do segundo mundo e daí por diante. E jogar com diversos animais lhe permite ter uma visão bem diferente de cada um dos estágios, todos possuem caminhos alternativos dependendo de sua forma. Claymates era um ótimo jogo para ser alugado na sexta-feira para que você pudesse aproveitá-lo durante o final de semana. E você leitor, já chegou a aproveitar esse não tão conhecido jogo de SNES? Também tem boas memórias dele?

Créditos Review: Vinicius Eleno

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Um comentário:

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