Gênero: Ação
Ano: 1993
Fabricante: Capcom
As primeiras manifestações importantes do subgênero beat ‘em up surgiram no final da década de 1980 e início dos anos 90, nos gabinetes de arcade. Foi também nessa época que ocorreu o auge do gênero. Juntamente com os “space shooters”, os beat ‘em up geraram uma verdadeira febre entre os jogadores de fliperama. Eram jogos geralmente fracos de enredo. Mas tinham uma mecânica de jogo extremamente funcional e divertida. Desbravar um cenário lateral e enfrentar hordas de inimigos. Uma trilha sonora bacana tocando no fundo (especialmente quando o trabalho era de um certo Koshiro). O objetivo não era muito maior do que catar porretes e facas no meio das fases e dar bordoadas nos punks. A missão geralmente era acabar com uma organização criminosa da forma mais divertida (mas não necessariamente a mais inteligente): simplesmente sair batendo em todo mundo nas ruas.
Uma única regra realmente importante: aperte o botão “punch” o mais rápido que puder, e derrube “os caras”. É simples, mas funciona que é uma maravilha. Aliás, poucas coisas podem ser mais divertidas. As maiores produtoras de jogos desse gênero na época foram a Sega e a Capcom. Final Fight, Streets of Rage, Golden Axe, Double Dragon etc. eram os nomes de maior expressão do mercado. Foi então que aconteceu o óbvio e inevitável. Os beat ‘em up começavam a sair dos fliperamas para invadir as plataformas caseiras.
Final Fight 2 foi o segundo capítulo da célebre franquia da Capcom. Não havia uma variante em fliperama, FF2 era uma versão exclusiva para um console caseiro: o Super Nintendo. O modelo do game era quase idêntico a seu predecessor. O grande diferencial talvez fosse a possibilidade de jogar com dois players (que não era possível em conversões anteriores da série no SNES) e a adição de dois novos personagens que substituíam Guy e Cody.
Algum tempo se passou desde os eventos assinalados no Final Fight original. Tempo suficiente para que três lutadores de rua da série retornem a suas vidas normais. Cody em uma viagem de férias com Jessica. Guy cumprindo uma nova missão de treinamento. E Haggar assumindo novamente seus deveres como prefeito de Metro City. Tudo parecia em paz. Mas o sossego dura muito pouco. Enquanto houvesse jogadores na ânsia de bater em punks e empresas interessadas em fazer boas seqüências, os street fighters de MetroCity não teriam sossego tão facilmente.
O novo figurão do crime se chamava Retu (para variar, um daqueles típicos chefões brutamontes). Ele ressuscita a perigosa Mad Gear. Os antigos capangas de Belger não ficaram muito contentes com a última derrota. E a vingança vem na forma de um novo seqüestro. Os agentes da Mad Gear raptam a noiva e o mestre de Guy — Rena e o velho Genryusai. Dois dias depois do seqüestro, Haggar recebe um telefonema de Maki (a irmã de Rena). Ela o informa da situação. Assim, os dois marcam de se encontrar em Hong Kong.
Com Guy e Cody ausentes, Haggar contará com a ajuda da ninja Maki Genryusai (uma dos poucos personagens secundários que reapareceriam futuramente num novo game: Capcom vs. SNK 2) e o colecionador de espadas Carlos Miyamoto. A missão é viajar por diferentes localidades da Eurásia a fim de descobrir o novo esconderijo da Mad Gear… É isso. Três personagens. Uma organização criminosa. Um rapto. Nada de muito novo…
O que se mostra realmente importante num jogo desse gênero? Uma história interessante? Ou uma mecânica de luta eficiente e vistosa? O enredo, sem dúvida, é o quesito menos saliente. Qualquer pretexto para o jogador poder cair na porrada é válido. Não precisa tanta embromação e embaraço.
Final Fight 2 compensava a carência de enredo com uma mecânica de jogo muito eficiente. Havia, contudo, um sério “porém”. Em relação à jogabilidade, um grande defeito costuma ser apontado pela maioria dos jogadores: falta de originalidade. Ou, pelo menos, falta de renovação. O gameplay é simplesmente idêntico ao jogo anterior. Nada de novo. Nadinha mesmo.
Mas tamanha infração tem lá sua escusa. No SNES, a conversão do Final Fight original foi muito antecipada. O resultado disso foi uma versão caseira cheia de desfalques e cortes. Apenas dois personagens. Sem modo para dois jogadores. A Sega, por outro lado, foi mais esperta e lançou seu primeiro beat ‘em up com altíssima qualidade. Com o lançamento do primeiro SoR no Mega Drive, o Super Nintendo precisava de alguma compensação para poder concorrer. Assim, Final Fight 2 foi lançado simplesmente para contrabalançar a falta de acabamento do primeiro Final Fight (e de Final Fight Guy) no Super Nintendo.
Era assim. Os controles permaneciam muito similares ao FF1. Idênticos, para ser mais exato. A grande vantagem em relação ao FF anterior (no SNES) era o fato de haver três personagens disponíveis — ao invés de apenas dois. E também um modo para poder jogar com um parceiro. Apesar da ausência de Guy e Cody, Carlos e Maki foram desenvolvidos especialmente para substituí-los. Carlos era uma versão pouco modificada de Cody. E Maki e Guy tinham em comum o mesmo estilo de luta (e também o mesmo mestre).
Apesar dessa deficiência de originalidade, o gameplay era extremamente competente para os padrões da época. Com uma mecânica de jogo bem medida e ajustada. Os comandos tinham resposta imediata e ligeira. Punks apareciam em boa quantidade. Os chefes eram aqueles típicos brutamontes — ótimos para encher de porrada. Mais do que suficiente para oferecer algumas horas de diversão a qualquer bom fã de “briga de rua”. E o que mais se poderia querer?
A parte técnica do jogo era regular. Eficiente, por assim dizer. Nenhuma decepção, nenhum espanto… Os gráficos eram bem detalhados, com boas animações e pequenas minúcias. Um trabalho competente, mas não excepcional. Os backgrounds das fases apresentavam animações bem rudes e de qualidade débil — aliás, Chun-Li e Guile faziam aparições rápidas em determinadas fases. Havia nos backgrounds desenhos escuros e pouca iluminação nos cenários. Isso foi proposital, para simular a atmosfera sombria do submundo de países como a Holanda, a França e Inglaterra.
Os inimigos e seu figurino grosseiro diferem um pouco dos originais do primeiro game. Alguns capangas e chefes afins têm semelhanças identificáveis com determinados inimigos do primeiro Final Fight. Adversários clássicos como Rolento e a família Andore estavam de volta.
As músicas tinham uma qualidade agradável. Com ótimas melodias em alguns estágios, sugerindo muito bem o clima sombrio do submundo das gangues de rua. Em termos de Sound-FX — sonoridade dos golpes e vozes — o jogo apresentava uma qualidade muito similar a do primeiro game, com pouca ou nenhuma melhoria digna de nota.
Grande clássico dos flipers, Final Fight foi uma série notória por mais de uma década. Até a ferrugem inevitavelmente atingir seu encalço em Final Fight Streetwiese. Não que a franquia tivesse perdido seu potencial. O problema foi com a própria Capcom.
Junto de Streets of Rage, Final Fight liderou por muito tempo o topo dos jogos no estilo “briga de rua”. Mas não foi apenas nos fliperamas que a série passou a recobrir o cimo dos beat’em up. O auge de sua popularidade se deu realmente no saudoso Super Nintendo. Este segundo capítulo da série foi meramente uma continuação para o clássico anterior. Mas não se pode negar, de qualquer forma, sua importância legítima para o gênero. Um jogo competente. Divertido. Bem medido e capaz. Pra ser jogado mais de uma vez.
Créditos Review: Kazin Mage
Download (rom em português): Clique Aqui!
Confira também: Final Fight e Final Fight 3
Gostei da matéria muito boa
ResponderExcluirgostei da matéria cumpade!! Qualquer coisa, depois olha no meu blog: http://fortes89.blogspot.com , ver o resumo que fiz do Final Fight Guy, e para vc mostrar sua coleção de SNES lá no meu blog, só mandando detalhes da sua coleção pra eu divulgar lá no blog, pode ser?! abs cumpade
ResponderExcluirOpa!Dei uma olhada no blog,muito legal,o Final Fight Guy é realmente raro de se encontrar o cartucho original,prefiro jogar com o Guy ao Cody,talvez pq eu tenha jogado o FF3 primeiro,onde eu só jogava com o Guy.
ResponderExcluirFinal Fight 2 nao eh exclusivo pra SNES. Existe uma vercao do jogo para Arcade cujos motivos sao desconhecidos de o porque de nao ser lancado. A BIOS do jogo pode inclusive ser encontrada na NET. Porem, nao e possivel jogar (Apneas Bios, Duhhh).
ResponderExcluirQuem sabe algum dia a Capcom possa disponibilizar o jogo completo pra Arcade. Reza muita lenda por ai que o jogo era espetacular e que ia foder com o Final Fight 1 em todos os sentidos. Apenas pelo jogo do SNES acho que eh possivel ver que seria verdade.
Bom jogo não tenho nada a reclama recomendo esse jogas só pra todo mundo
ResponderExcluirlink off
ResponderExcluirHere's the link that has an IMPROVED + a Challenging version of this game:
ResponderExcluirhttps://vk.com/doc273146379_633419622
For the Improvement Version, the game Changes Rolent to Rolento, gives Rolento his Final Fight 1 colors, start with 9 Lives instead of five, changes & fixes the names of some of the items & fixes the format of the time shown at the start of each round like in the Japanese version!
Fore the Readjusted Version, Players can BOTH select the same character without the need to executing a code to do so, Maki, Carlos & Haggar's 2nd colors are changed & the limit of enemies spawning in the screen is now changed from 3 to 5!