Gênero:Rpg
Ano: 1996
Fabricante: Square/Nintendo
O "Rei Copa" seqüestra pela bilionésima vez a princesa!
Que "Mario" é o personagem mais famoso dos games, todo mundo sabe. Mas até meados de 1995, ele era mais conhecido por sua performance em jogos de plataforma e aventura, como Super Mario Bros e Super Mario World. É claro que existiam exceções, como Super Mario Kart e o esquisito Mario Paint, mas mesmo assim ele continuava sendo o rei dos jogos de plataforma (e ainda é). Mas a Nintendo não estava satisfeita, e, provavelmente com medo do personagem ir parar na zona das séries "jogou um, jogou todos", quis inovar novamente. E para isso contou com a ajuda da maior entendedora em RPGs do mundo: a Squaresoft!
Lançado no Japão no final de 1995 (a versão americana chegou no primeiro semestre de 96), Super Mario RPG: Legend of the Seven Stars logo se tornou um hit no console, fazendo muito sucesso e sendo aclamado como um dos melhores jogos do ano, lembrando que a geração 32 bits estava em ascensão na época, e só se falava em PSX, o azarado Saturn e o finado 3DO. Seu sistema simples e objetivo era ótimo para RPGistas iniciantes (como eu na época), mas mesmo assim proporcionava desafios interessantes aos jogadores mais experientes. Mas afinal, o que fazia o jogo tão especial?
Em primeiro lugar, a idéia do jogo: um RPG estrelado pelo encanador mais popular do mundo, mais famoso mundialmente até que o Mickey Mouse e que tinha até desenho animado (que eu adorava). Pode-se dizer que hoje o Pokémon é tudo isso e muito mais, só que naquela época não existia essa febre de adaptação de games pra todo lado. Então, se você gosta de Pokémon ou gostou do filme Final Fantasy ou do Mortal Kombat, agradeça ao Mario. Por sinal, Mario também já ganhou um filme (mas ele é tão ruim, nem vale à pena comentar). Voltemos a análise.
Os gráficos do jogo surpreendem e são provavelmente a coisa mais linda que você verá no bom e velho SNES. A visão isométrica deixa o jogo com uma impressão 3D excelente, o que é reforçado ainda mais pelo fantástico acabamento. Tudo pode ser visto nos mínimos detalhes. É só olhar para o braço de Geno quando ele usa a Hand Gun que dá pra perceber o que estou falando. E isso é só um exemplo da grandeza dos gráficos. Pra perceber tudo isso só jogando, mas pelas fotos já da pra ter uma idéia de tudo isso. Destaque também para a animação de abertura. Não dá pra imaginar que um console de meros 16 bits pudesse fazer aquilo. Fenomenal!
A trilha sonora do jogo também é excelente. Suas músicas são maravilhosas, todas com a dose certa de emoção, e foram muito bem encaixadas. E o melhor é que, mesmo em cidades, não fica aquela ladainha de sempre. A seqüência de eventos no jogo altera as composições, fazendo você se aprofundar mais no jogo. Um exemplo é Rose Town, onde, quando você aparece lá pela primeira vez, toca uma música com uma batida bem melancólica, mas depois de resolvido o problema, começa a tocar uma musica triunfal, que até da vontade de dançar, parecendo música de premiação. O som, apesar de ser discreto, se encaixa muito bem. O barulhinho dos chefes quando morrem é simplesmente espetacular (e aliviante também). Destaque também para o "rugido" do Bowser!
A história, diferentemente dos outros jogos de Mario, não coloca Bowser como inimigo principal. Bem, no começo até parece que sim. Bowser seqüestra a princesa (pra variar) e no meio da batalha com Mario uma espada gigante cai no castelo do vilão e se apropria de tudo, jogando Mario, a princesa e Bowser longe. Agora resta procurar a princesa, mas acontece que a Espada gigante destruiu a chamada "Estrada Estelar", e agora Mario deve também detonar a espada. Aparentemente a espada é o inimigo. Pode ser que sim, pode ser que não… Nada que exija atenção dobrada do jogador, tampouco há reviravoltas inesperadas no enredo, nem nada do tipo, já que a proposta do jogo é puramente diversão e também expandir os horizontes do universo de Mario. Um detalhe importante é que o jogo é mais focado em histórias paralelas do que na história principal em si. Claro que todas tem ligação entre si, mas não é o mais importante. O maior problema é que o jogo deveria ser mais longo e menos linear. Mas diversos mini-games ajudam a aumentar mais a diversão do jogo, já que alguns são realmente divertidos, e dão bons prêmios.
A jogabilidade é meio estranha no começo, por causa da visão isométrica, mas nada que um pouco de prática não resolva. Aliás, a visão atrapalha também os saltos do personagem, e quanto a isso não é tão fácil se acostumar. Mas isso só vai ser sentido mesmo lá pro final do jogo, e com certeza sua paciência vai ser testada nessa parte. Ainda bem que é só lá no final. O sistema de batalha é por turnos, mas não há barrinhas pra ver quem ataca primeiro. Há uma ordem especifica, que raramente muda. Isso facilita um pouco a vida dos iniciantes, mas eu ainda prefiro as barrinhas. Mas pra atacar é muito mais fácil. Ao invés de ficar zanzando por um monte de menus, basta apertar um ou dois botões. É bem simples, cada botão corresponde a uma ação. O botão A é para atacar, o Y é para usar magia, o X é para usar itens e o B é para se defender ou fugir. Simples como beber água. Outro fator interessante é que é possível dar golpes "Critical" sem precisar contar com a sorte, basta apertar o botão A na hora certa. O mesmo vale para a defesa. Apertar o A na hora certa do ataque inimigo por diminuir ou mesmo anular os danos causados pelo inimigo. Seria ótimo se esse sistema fosse usado por outros jogos.
Sem dúvida o maior destaque do jogo (além dos gráficos) são os personagens novatos. Eles são bem carismáticos e mereciam seguir carreira em outro jogos, mas provavelmente por questões jurídicas, após a briga entre Nintendo e Square, isso não aconteceu. O que é uma pena. Quanto aos personagens, são dois os novatos: Mallow, um "girino" que faz chover quando chora (mandem ele pro sertão que o problema da seca vira passado); e Geno, um boneco de madeira que ganhou vida. Mallow é bem engraçado. Medroso, chorão, ele esconde um passado muito triste, que nem ele conhecia. Geno é um boneco de madeira que ganhou vida após uma estrela. Caladão, possui um senso de justiça enorme e sabe tudo sobre os objetivos do grupo. É o melhor personagem do jogo na minha opinião, pois combina com maestria ataque e defesa. Mas, alem deles e Mario, existem mais dois personagens, que não vou contar quem são pois senão perde a graça. Alem dos personagens controláveis existem diversos NPCs importantes, como o ladrão Croco, que faz meio que o papel dos Turks de Final Fantasy VII, já que a cada 5 minutos ele vem encher o saco. E o pior é que ele é muito difícil de ser derrotado. Além do hilário Frogfucius, "avô" de Mallow, que dá muitas dicas sobre a aventura.
O humor é uma constante em todo o game. Os NPCs soltam piadinhas o tempo todo, e vivem enchendo o saco do Mario, mandando ele pular pra provar que ele é mesmo o Mario original. Outra parte hilária é ver Mario e um menininho brincando de boneco. O coitado do Mario sofreu nessa parte… Aliás, Mario não tem sossego nesse jogo, já que além dos malas que mandam ele pular (como é difícil ser famoso), ele também vai ter que se fingir de estátua pra entrar num castelo, ter que trabalhar como recepcionista de hotel e o pior de tudo: ser beijado pelo Bowser (bem, isso só depende de você). Alguns personagens famosos também dão um alô no jogo, como Link e Samus Aran.
Mario RPG fez tanto sucesso que ganhou uma pseudo-sequência para N64 chamada Paper Mario. Apesar de parecer muito infantil, você que gosta de RPGs não vai levar isso em consideração. A série ainda ganhou sequência no Gamecube, e recentemente a versão de "Super Paper Mario" no Wii. Essa aventura do Mario é a prova de que diversão ainda é o principal fator de avaliação de um game. Se ele não tem a história de um "Dragon Quest" nem a complexidade de um "Final Fantasy", ele compensa com diversão extrema e humor cativante!!!
Créditos Review: Aragorn
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Melhor jogo ja feito! Queria uma continuação fiel no 3DS...
ResponderExcluirGostaria de uma remake em alta definição com efeitos mais sofisticados mas sem mecher muito na história ou design...
ResponderExcluirFabricio Medeiros
Seu desejo será atendido em novembro de 2023
Excluirbem eu queria ele em 3d seria mais legal,mas pow esse game é de geração antiga seria quase impossivel lançar esse jogo em 3d
ResponderExcluirseus bobos isso ninguen faz
ResponderExcluirei gente por favor quando eu derrotar o koopa e ir na casa do mario como eu posso ir nas outras fazes? respondan por favor
ResponderExcluirva para o castelo do bowser d novo,volte para a casa do mario e fale com o toad.
ExcluirÉ péssimo para jogar. Você pula para um lado achando que vai para outro. Isso fica evidente na parte dos pés de feijões. Horrível! Pior perspectiva de RPG que já vi!
ResponderExcluirExcelente jogo! Não dá pra acreditar que possa existir um jogo assim pra o Super Nintendo. Comprei esses dias o cartucho original e estou curtindo muito o jogo.
ResponderExcluirSuper Mario RPG. A primeira vista, de certo modo até infantil perante os demais RPGs de Super Nintendo. Mas ele é divertido e maravilhoso na medida certa! Tudo funciona de forma engraçada e nostalgica, e muitas das vezes, rir de si mesmo. Mais um excelente trabalho em parceria com a Square. Bons tempos!
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