Admin On domingo, 2 de maio de 2010 5 Comments

Gênero: Rpg
Ano: 1994/1995
Fabricante: Ape/Hal Laboratory Inc.
EarthBound, jogo lançado em 1994 pela Nintendo, é um RPG inovador no qual você inicialmente controla apenas um garoto chamado Ness (ou o nome que você escolher) em uma aventura para salvar a Terra de uma invasão extraterrestre.

A história se passa em 199X e tudo começa quando Ness, um garoto que vive na cidade de Onett, acorda no meio da noite ao escutar um barulho muito intenso. Depois de se trocar, Ness segue para a fonte do barulho e descobre que ele foi causado pela queda de um meteorito, porém os policiais no local não te deixam passar, fazendo você voltar para casa e retomar seu sono. Depois de um tempo, seu vizinho Pokey te acorda no meio da noite para que você vá com ele atrás de seu irmão. Há algum tempo ele foi ver o meteorito, mas ainda não voltou para casa.

Chegando no local onde o meteorito se encontra você fala com o irmão de Pokey, que volta pra casa. Você e Pokey escutam uma voz vindo do meteorito. Então uma abelha extraterrestre sai de dentro do mesmo. Ela te explica que um extraterrestre chamado Giggas invadiu a Terra e pretende dominá-la. A abelha está ali para impedir que os planos desse monstro sejam concretizados. Voltando para casa você encontra um inimigo que veio do espaço para acabar com a abelha.

Depois de vencê-lo, Ness, Pokey e a mosca vão até a casa de Pokey, deixando-o lá. Ao entrar na casa a mãe de Pokey assassina brutalmente a mosca que, antes de morrer, te dá a “Sound Stone”, uma pedra misteriosa que consegue gravar melodias. A partir de agora que o jogo complica. Você terá que ir atrás das melodias em locais sagrados enfrentando chefes e o diabo a quatro pra poder salvar o mundo. Apesar do jogo ser divertido o enredo é aquele bem conhecido: derrote chefes para salvar o mundo.

Na jornada você conta com a ajuda de alguns personagens, como Paula (uma garota que usa poderes psíquicos), Jeff (um estudante de uma escola para gênios que consegue consertar e criar várias coisas a cada nível que ele passa) e Poo (um príncipe lutador). Cada um tem uma Side-Quest própria, por exemplo, você controla a fuga de Jeff da sua escola, ou o treinamento de Poo. Essas “side-quest” ajudam no desenrolar da história.

O sistema de batalha não é um dos mais inovadores, você vê o seu inimigo na tela e pode até tentar fugir dele, o que classifica o jogo como primeira pessoa. Os inimigos vão ficando cada vez mais difíceis de se derrotar conforme avançamos na aventura. Algo que inovou nesse RPG, foi o fato de que quando você derrota um chefe de um certo local, os inimigos mais fracos começam a correr de você! Com as opções de ataque, ataque automático (o videogame ataca por você), fuga (corre do seu inimigo… duh..), você administra sua batalha.

No caso da Paula (e outros personagens), também há a opção Rezar (Pray), que além de te ajudar bastante nos momentos finais do jogo, torna as personagens diferentes entre si. Há ainda os PSI (magias, em outros RPGs). Os PSI são golpes especiais que os personagens aprendem ao treinar. Por exemplo: Ness aprendeu o PSI Lightning Alfa. Depois de alguns levels ele aprenderá o PSI Lightning Beta. Os PSI também lhe ajudam na hora de se defender e curar. Há barreiras contra danos mágicos (PSI) e danos físicos. Estas também vão sendo melhoradas a medida que o jogo se desenrola.

Por ter uma jogabilidade simples de se “pegar”, o jogo ganha vários pontos positivos na diversão. Ao contrário daqueles jogos que você tem de apertar trocentos botões para que a personagem simplesmente ande, em Earthbound a jogabilidade é simples e os menus são fáceis. Alguns caminhos do jogo não seriam facilmente acessados se não fosse essa jogabilidade. Os comandos são simples: aquele velho esquema de que o direcional movimenta as personagens, o botão ‘A’ interage com personagens e cenário (abrindo baús e caixas que contêm itens), ‘X‘ abre o menu e por aí vai. Esse é um dos aspectos que me atraiu muito para o jogo, porque além do jogo ser comprido e divertido é fácil de se jogar!

A diversão é garantida para aqueles que gostam de um RPG com um toque de humor, sendo que as piadas colocadas aqui e ali dão o “charme” ao jogo. Logo no inicio, a morte da abelha (como foi citado acima) é de certa forma engraçada, porque você está no clima do jogo, se preparando para ir em uma jornada para salvar o mundo quando o “personagem guia” é morto com um tapa… é só vendo para entender o que eu estou falando.

Os gráficos são bonitos, detalhados e em algumas partes (ou no jogo todo…) chegam a lembrar um desenho animado. Eles deixaram muitos jogos do Super Nintendo no chão, sendo que as cidades são bem feitas (nas limitações do console, é claro) em que você pode interagir com quase todos os prédios. Para inovar ainda mais você pode até pegar ônibus e ir de uma cidade a outra, enfrentando até um eventual engarrafamento.

O som do jogo é muito bom, desde os efeitos sonoros até as musicas que variam das cidades (não é sempre aquela mesma música enjoativa). Uma cidade “fantasma” tem uma trilha própria que combina perfeitamente, ou ainda, um grupo de Blues que você encontra no meio da sua jornada e acaba por ajudá-los, os Runaway Five, que costumam tocar algumas músicas com a essência do verdadeiro Blues. Sem contar os efeitos sonoros que não são, como na maioria dos outros jogos, ruídos sem sentido. Em EarthBound os efeitos sonoros são (para época do jogo) ótimos. Em algumas partes eles deixam a desejar, mas não se pode cobrar tanto assim de um Super Nintendo, né?!

Outro fator importante: o replay. Este é prejudicado graças a falta de alternativas e a extensão do jogo (eu perdi meu save há uns três meses e até hoje não comecei a jogar ele de novo). Depois de terminar o jogo, talvez você não queira terminá-lo novamente por algum tempo (a não ser que você realmente tenha se apaixonado pelo jogo). A falta de coisas secretas a descobrir (afinal, você realmente tem que descobrir tudo pra poder terminar esse jogo) não deixam muita escolha além de: Jogar, Terminar, Não olhar pra cara do jogo por muuuuuuuuuito tempo. Mesmo assim é daqueles jogos que surpreendem por seu clima que começa meio infantil, e vai ficando pesado ao longo do tempo, sendo que as batalhas finais são inesquecíveis.

Conclusão: “EarthBound” é uma boa pedida para aqueles que gostam de um RPG diferente, divertido, complicado e longo. Quando você “empaca” em uma parte o jogo parece perder a graça, mas assim que você consegue “desempacar” a empolgação volta e você vai acabar jogando horas seguidas sem se dar conta que o tempo passou. EarthBound é um dos melhores RPGs que eu já joguei e se você ainda não jogou, corra!!! É basicamente uma das obras primas do Super NES.

Créditos Review: Soldier of Hell

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5 comentários:

  1. Oi, amigo seu texto foi ótimo. Você realmente citou tudo que esse jogo é.
    Joguei Earthbound a mais de 10anos atrás e foi um dos melhores RPGs de SNES que joguei, só perde para Terranigma no quesito enredo/história.

    Earthbound é muito longo, demorei muito para zerar e foi incrível como me apeguei aos personagens. No final, foi um pouco difícil dizer ADEUS.
    Mas é isso né. Faz parte.
    Indico demais Earth Bound. É um joguinho surpreendente e muito interessante.
    Sinto saudades até hoje!!

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  2. Link quebrado!🙁😢

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