Admin On terça-feira, 27 de setembro de 2011 4 Comments

Gênero: Rpg
Ano: 1993
Fabricante: Data East
Shadowrun é a adaptação de um antigo jogo de RPG de mesa de mesmo nome do universo da FASA Corporation, no qual mostrava uma civilização em um futuro cyberpunk misturando degradação urbanda com magia nos idos de 2050. Nessa época a mágica retornava ao mundo em criaturas com poderes sobrenaturais, o que aliás faz de Shadowrun um mundo tão mágico como o criado por Tolkien com seus duendes, trolls e elfos porém aqui são figuras futuristas e encaixados nesse mundo perverso, sujo e estranho. Os humanos tiveram que se adaptar e mudar seus conceitos usando o máximo de tecnologia que podiam criar, em um mundo governado por megacorporações que ditava as regras de cada cidade. O título em si conta o plot do jogo, ou seja, a atividade mais comum do game é a de "shadowrunning" que consistem em fazer trabalhos sujos em troca de uma graninha.

No game você joga com Jake Armitage, um “shadow run” de meia idade tentando se lembrar do passado. Na sua jornada você vai ter a opção de adquirir (a palavra certa é “pagar”, mas eu falei adquirir pra ficar mais bonito) amigos (pagos, mas amigos) que o ajudarão nas brigas.

E, sem contar que eles te ajudam bem nas batalhas, eles não oferecem muita ajuda na hora de pensar e quebrar a cabeça nas partes difíceis. O que acontece toda hora no jogo. Bem, há vários itens espalhados pelos armários, gavetas, e lugares difíceis de se ver, o que dificulta mais ainda o jogo, já que alguns itens são necessários para passar de certas partes.

Um dos maiores desafios de Shadow Run é tentar descobrir para onde ir e o que fazer depois. Esse jogo dá a você "ajudas" (se é que se pode chamar isso de ajuda) com pouquíssima informação, direcionando seus objetivos. Isso pode ser muito frustrante às vezes. O mesmo vale para todo o resto da história. O game te dá poucas informações sobre o porquê de está fazendo as coisas que está fazendo. Quando eu joguei, nem percebi que o cara não se lembrava de nada, meus amigos tiveram de me contar…Isso foi humilhante…

Os gráficos, eventualmente, são muito bons, considerando quão velho é esse jogo. As cores realmente trazem para Shadow Run um sentimento escuro e depressivo, além de triste. O personagem é um pouco feio, mas isso não é um ponto de irritação, já vi piores. Quando você fala com os outros personagens do jogo, você vê que a cara deles é bem mais feia, mesmo assim, após falar muito com eles (o que você vai acabar fazendo, já que a conversa é a única maneira de descobrir o que fazer), pensa que elas são repetidas várias vezes, até que eles ficam gravados na memória.

Você pode se divertir com esse jogo, matando os inimigos para ganhar “karmas” e poder passar de nível, além de ganhar dinheiro com isso, o que vicia, e faz com que você mate, várias vezes, por dinheiro. Aliás, você irá matar muito por dinheiro nesse jogo, e as armas são extremamente caras, mas quando você compra, percebe que vale a pena ter gasto aqueles longos minutos, às vezes horas, para juntar aquela quantia de dinheiro e pagar naquela arma. Quando eu joguei, comprei as melhores armas, o que significa muito dinheiro, e muita gente morta, conseqüentemente.

Eu nunca havia visto este estilo de jogo, um RPG com ação, muito inovador, já que trás uma mira para você poder atirar nos inimigos, e as batalhas ocorrem em tempo real, o que te dá a nítida impressão de estar no meio de um tiroteio, principalmente quando você enfrenta aqueles brutamontes carregando umas metralhadoras bem “pequeninas” que não param de tirar seu life.

Os controles do jogo são bem simples, não só porque é de um Super Nintendo, mas, o jogo em si, é simples de se jogar. Não entendam errado, ele não é fácil, você não vai zerar tão rápido assim, eu disse que é fácil de se controlar. Os controles são simples, controlar a mira não é difícil, basta treino, tanto para você, quanto para o personagem. Use seus “karmas” com inteligência, eles são muito importantes, e cansativos de se conseguir.

Depois de se jogar esse jogo, você percebe que não quer refazer tudo, e que não tem a menor vontade de jogar novamente, a não ser que tente descobrir algo, etc. Esse jogo também é legal em um ponto, pela conversação ser muito necessária, o jogo exige de você um grande vocabulário de inglês, e tem que saber muito bem inglês para terminar o jogo, longas conversas com palavras muito importantes no jogo, com certeza o inglês, pelo menos na versão inglesa, é muito importante.

Mas, no fim, você também percebe que fez um grande esforço para pouca coisa, já que o final não agrada muita gente. Porém, como todo mal vem para um bem, depois que você acaba e se decepciona com o final, fica aquela “vontadezinha” de jogar o segundo game. Apesar de não ter sido lançado uma continuação direta, no final do game, aparece: “…we will meet again in Shadow Run 2”, ou seja, deixava aquela dúvida, será mesmo que vai ter continuação?? O universo de Shadowrun só foi ganhar uma referência em jogo nessa chamada "nova geração" de 2006, com a Microsoft se apoderando da franquia e criando um FPS, que inclusive está para sair muito em breve.

No fim das contas você percebe então que, mesmo depois de todos os momentos ruins, todas as raivas, e todos os males que você achou que o jogo tinha, mesmo depois disso tudo, você percebe que, no fundo, foi um bom jogo.


Créditos Review: Krafter

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4 comentários:

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