Gênero: Ação
Ano: 1993
Fabricante: Konami/LucasArts
Embora tenha sido publicado pela Konami, Zombies Ate My Neighbors foi totalmente desenvolvido pela LucasArts que, lá em 1993, ano de lançamento do cartucho, ainda era mais conhecida por seus jogos de aventura para computadores, como os clássicos Day of the Tentacle e Sam & Max Hit the Road. Mas aparentemente trabalhar tão longe de sua zona de conforto não foi problema algum para o pessoal da LucasArts, que entregou um dos mais irados e cultuados jogos da geração.
Zombies Ate My Neighbors é um divertido run and gun, aquele gênero de ação em que você controla os personagens com uma câmera superior, algo que ficou bem popular na década de 1990 graças a jogos como Contra, também da Konami. Mas aqui, ao invés de controlar dois soldados anabolizados que mais parecem sósias de Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger, entram em cena os adolescentes Zeke e Julie, dois jovens americanos típicos. Ele com um cabelinho de Bart Simpson e óculos 3D sem qualquer motivo aparente, e ela com um ar de adolescente sapeca de sitcom. São esses dois que, armados somente com pistolas d’água, devem salvar o mundo do apocalipse zumbi. Quem poderia adivinhar que a água seria nossa maior arma contra os mortos-vivos?
Zombies Ate My Neighbors conta com quarenta e oito fases ao todo, mais sete níveis bônus opcionais. O jogo se passa em ambientes bem variados que vão desde shoppings e pirâmides até castelos mal-assombrados, então você nunca vai ficar entediado, e o sentimento de frescor e novidade é constante. A cada nova fase você fica imaginando qual filme ou monstro clássico será homenageado a seguir, então dá vontade de explorar cada cantinho em busca de referências (ou porque o jogo realmente o obriga a investigar os cenários por completo para poder passar de fase).
O objetivo é encontrar e tentar resgatar todos os "vizinhos" que sobreviveram ao ataque dos monstros. Funciona mais ou menos assim: se você encosta no vizinho primeiro, ótimo! Ele está salvo. Mas se um inimigo qualquer toca nele antes, é tchau, tchau e “te vejo na outra vida, brother”. É preciso que pelo menos uma das pobres vítimas chegue com vida ao final do nível, o que torna a corrida contra os monstros bem angustiante nos níveis mais avançados. São vários tipos de pessoas para resgatar, desde cheerleaders e professoras, passando por bebês e churrasqueiros, até gordos aposentados que passam o dia tomando sol na piscina, e cada espécie de vizinho garante uma pontuação diferente quando resgatado . Depois que você encontra todos os humanos, uma porta mágica se abre e o leva a próxima fase, onde mais uma corrida frenética pela sobrevivência tem início. Agora, se todos morrerem, é game over.
Embora o jogo ostente zumbis em seu título, a verdade é que ele é uma grande homenagem ao gênero do terror como um todo, citando várias obras de sucesso da área. Não se espante ao notar, na fase do shopping, que um brinquedo assassino pulou de sua caixa na sessão de bonecos e está correndo atrás dos pobres heróis com uma machadinha. Em outro momento você vai estar passeando por um labirinto de cerca viva que parece tirado diretamente do clássico “O Iluminado” , de Stanley Kubrick. Se isso, por si só, já não fosse assustador o suficiente, espere até a cerca viva desse tal labirinto ser cortada sem piedade pela motosserra de um enorme homem cheio de esteroides, usando uma máscara de hóquei que parece saída diretamente da série “Sexta-Feira 13” . Nunca foi gasto um centavo com licenciamento, mas pode apostar que o pessoal da LucasArts queria que você pensasse que aquele inimigo era o Jason.
Mas não para por aí. Não senhor. Além de múmias, lobisomens e outros monstros clássicos, para completar o terror há ainda inimigos alienígenas com clara inspiração no cinema de ficção científica mais trash, aqueles filmes B que você sempre encontra nas madrugadas solitárias quando assiste TV a cabo. Estou falando de formigas gigantes assassinas, bolhas grudentas vivas, óvnis e até mesmo minhocas mutantes. Se você é do tipo que adora essas coisas bizarras, vai adorar descobrir que um dos chefes de fase é um bebê gigante. Mais trash e surreal, impossível!
Como na época do lançamento do jogo ainda não existia um órgão responsável por estabelecer a faixa etária recomendável para videogames, uma boa parte do conteúdo mais adulto do jogo acabou sendo alterado pela própria Nintendo ou por comitês de censura de nações europeias. Da parte da Nintendo, como a companhia historicamente nunca gostou de ter seu nome ligado à violência, ela pediu à LucasArts que removesse da versão do jogo para Super Nintendo qualquer menção à sangue, e que o substituísse por uma gosma roxa sempre que possível.
Até aí tudo bem, bem compreensível até. O maior problema ocorreu mesmo no Reino Unido e em outros países da Europa, onde o jogo foi lançado somente com o nome Zombies, omitindo completamente a parte sobre vizinhos devorados, o que acabou se tornando uma das decisões mais rigorosas e gratuitas da indústria dos videogames.
Então se você nunca curtiu essa divertidíssima aventura de terror da LucasArts, vá correndo para jogá-la.Antes que o apocalipse zumbi não chegue antes e dizime toda a nossa sociedade. Até lá, deixe uma pistola d’água engatilhada. Você nunca sabe quando ela pode salvar sua vida.
Créditos Review: Thomas Schulze
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O jogo ainda teve uma continuação chamada, Ghoul Patrol. Bom pra caceta!
ResponderExcluirkrai, nem sabia que tinha continuação man
ExcluirE sumper bao eu quando era criança sempre morria no finaç hoje em dia eu sempre ganho :3
ResponderExcluirEstá off line
ResponderExcluirLink atualizado.
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